Saiba mais sobre essa emoção
No dia 30 de janeiro comemora-se o Dia da Saudade. Ao redor dessa palavra existe um mito de que ela seria exclusiva da língua portuguesa. Isto é: nenhuma outra língua no mundo seria capaz de expressá-la ou compreendê-la. No entanto, isso não é de todo verdade. Cada idioma encontra uma maneira específica para expressar esse sentimento universal.
Na verdade, talvez o mais difícil seja traduzir as emoções que se escondem por trás da palavra. Sobre esta tarefa, muitos poetas, pintores, atores e compositores já se debruçaram. Afinal, como explicar e definir a saudade? Da mesma forma que cada língua apresenta seu jeito próprio de trazer esse sentimento para o reino das palavras, cada pessoa o sente à sua maneira.
Como definir saudade?
De acordo com o Dicionário Aurélio da língua portuguesa, saudade significa: “Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia.” Mas será que dá pra resumir toda a complexidade desse sentimento nessas poucas linhas de dicionário?
A saudade tem muitos rostos. Ela habita muitos lugares. Invisível e misteriosa, ela é como o vento: vem e vai por nós sem que consigamos segurá-la ou vê-la. Tudo o que podemos fazer é apenas senti-la. Além disso, ela chega sem avisar, como um susto. E quando percebemos, estamos submersos no sentimento.
Quem sabe onde a saudade se esconde antes de se apoderar da gente? Ela está nos rostos sorridentes nas fotografias em cima da estante. Às vezes, ela chega pelo telefone, no som da voz de um amigo querido que não vemos há muito tempo. Ou então no gosto daquela comida que só a avó da gente sabe fazer.
Senti-la é um privilégio. Ela é a prova de que estamos no mundo não apenas sobrevivendo, mas sim vivos e vivendo. A saudade é a evidência de que viver é construir e colecionar lembranças.
Por isso, no Dia da Saudade, abrace esse sentimento! Tire o dia para refletir e recordar-se de todos os passos que a trouxeram até aqui. Cuide-se: entregue-se a saudade e permita-se senti-la!
Créditos da imagem: João Doederlein
Por Gabriel Nunes